Vitória dá confiança?

“Para ganhar a confiança que tinha não, mas ajuda muito. O importante eram os 3 pontos, sair desta fase negativa de derrotas. Voltámos a entrar bem, fizemos golo e tivemos muitas oportunidades, ao intervalo o resultado podia estar mais avolumado. Sofremos um golo, reagimos, sofremos um golo, voltámos a reagir. Um trabalho fantástico destes jogadores, muitos a jogar de três em três dias, com cansaço, que se notou a partir dos 75 minutos e eles nunca desistiram, tenho de lhes tirar o chapéu”

Exibição convence?

“A mim convence-me, pela atitude dos jogadores, não acho que tenha sido um jogo assim tão dividido, se formos ver a posse de bola, as oportunidades, os expected goals, em tudo fomos superiores. O Boavista na primeira vez que foi lá, no primeiro remate faz um golo, mas o controlo foi absoluto do Sporting até aos últimos 20 minutos. Aí é o cansaço já, os jogadores querem, querem, mas as pernas já pesam. É importante recuperar os jogadores. É uma vitória importante para nosso futuro”

Momento de Gyökeres

“O ponta de lança não é só para fazer golos, há muito trabalho envolvido. O Viktor é mais um jogador que tem muitos minutos nas pernas, corre muito, pressiona, faz sprints e eu valorizo tudo, não é só os golos”

Golos sofridos

“[Não sinto] nada instável, tivemos domínio completo do jogo. Perder bolas faz parte, depois é a maneira como recuperamos essas bolas. Temos cometido alguns erros, mas temos de ir passo a passo. Primeiro não jogávamos bem, depois era porque não marcávamos, agora estamos instáveis porque sofremos golos… é um processo. Estou feliz com a exibição da equipa, estiveram ao nível de jogadores do Sporting”

Incomodado com notícias de possíveis sucessores?

“Nada incomodado, é normal falarem. Já tinha dito anteriormente que quando uma equipa que ganhava sempre deixa de ganhar é normal haver contestação, críticas. Mas eu tenho de me manter focado no meu trabalho”

Equipa e adeptos intranquilos?

“Não notei a intranquilidade dos adeptos, notei o apoio dos adeptos do primeiro ao último minuto. Juntos isto torna-se mais fácil. Muita gente se calhar estava à espera de outra coisa, mas foi o que aconteceu. O Boavista quantas vezes atacou? Criou duas ocasiões de perigo e conseguiu fazer golo nessas duas ocasiões de perigo… não pode acontecer. Uma equipa como a nossa não pode sofrer golos nas duas vezes que o adversário vai à baliza. Vamos melhorar, é o próximo passo”

Falta de ritmo?

“Eu não concordo com a falta de ritmo, nós depois do primeiro golo tivemos pelo menos mais duas oportunidades. Agora, tem de haver um maior controlo do jogo e não deixar o jogo quebrar. A maior parte das equipas que vêm a Alvalade querem explorar muito a transição e por isso temos de ter mais calma. Disse aos jogadores que o jogo hoje tinha de ser mais por fora do que por dentro, porque estavam a jogar em 4x4x2, linhas muito fechadas. Na primeira parte tivemos muitas oportunidades, a empolgar os adeptos. Uma perda de bola deu golo”

Quenda

“Esteve comigo muito tempo nos sub-23 e a posição dele era a posição do Trincão. Jogava mais à frente, mais interior, nunca foi ala. Eu sei que ele tem características para jogar ali, do lado direito. Tem último passe, definição, falta-lhe golo mas vai ganhar isso e está a corresponder ao que lhe é pedido”