"O torneio olha para o futuro, mas não esquece os que nos fizeram vibrar e, em especial, Rafa Nadal, que marcou a história de Roland Garros de muitas maneiras, e, sobretudo, com os seus 14 títulos, que talvez nunca ninguém o iguale", indicou a diretora do torneio e também ex-tenista Amélie Mauresmo.

Nadal, de 38 anos, que se retirou em novembro dos 'courts' é considerado o 'rei' de Roland Garros, que venceu em 2005, 2006, 2007, 2008, 2010, 2011, 2012, 2013, 2014, 2017, 2018, 2019, 2020 e 2022, e o melhor tenista de sempre em 'pó de tijolo'.

A edição este ano, que decorrerá entre 25 de maio e 08 de junho, terá algumas surpresas, mas a vontade é que seja "algo de especial" e a homenagem a Nadal acontecerá depois dos jogos da noite ainda na primeira jornada.

O presidente da Federação Francesa de Ténis (FFT), Gilles Moretton, responsável pelo torneio, indicou ainda que nos últimos dias existiu um encontro com Nadal, no qual se estabeleceram as bases da homenagem, mas sem dar muitos detalhes.

"É verdade que a sua despedida em Madrid, ou aqui, deixou uma certa frustração, nele e nos outros", revelou Moretton.

Também Mauresmo disse que o espanhol não quis no último ano, em Roland Garros, ser homenageado depois de perder ainda na primeira ronda, diante do alemão Alexander Zverev e porque ainda não sabia se essa seria a sua última presença no torneio.

"Penso que ele gosta tanto de Roland Garros, que estava muito feliz em saber que o temos no coração. Queremos render-lhe homenagem, mas também queremos que se sinta confortável com tudo o que lhe vamos propor", disse a antiga tenista francesa.

Outra novidade é que será o espanhol, o segundo jogador com mais torneios de Grand Slam de sempre, apenas atrás de Novak Djokovic, que tem 24, a promover a competição parisiense deste ano.

"Quem melhor para falar do nosso torneio do que Rafa Nadal? Ele aceitou e é único que um campeão da sua dimensão esteja associado a um torneio do Grand Slam", referiu Amélie Mauresmo.

A finalizar, a diretora reiterou a importância da proeza de Nafal na capital francesa.

"Sabíamos que o Rafa não iria durar para sempre, e não estou a dizer que será substituído, porque 14 títulos são uma história incrível, ainda mais quando conquistados em 20 anos. É algo que provavelmente ninguém irá igualar. Mas a vida continua, o torneio continua, e queremos que ele fique connosco de uma forma ou de outra", acrescentou Mauresmo, numa altura em que se fala de um futuro papel de embaixador do tenista.

RPM // AO

Lusa/Fim