O mercado em Alvalade não foi agitado. O Sporting foi comedido (e cirúrgico...) em busca de soluções para equilibrar o plantel. Simples e eficaz: saiu Marcus Edwards — além dos processos mais tardios de Kovacevic e Esgaio —, entraram Rui Silva e Biel. Um guarda-redes para ser número 1 na baliza e um extremo para colmatar a saída do inglês para o Burnley. Em cima da mesa, tal como A BOLA deu conta, esteve também um lateral-direito, mas esse foi um processo, entre avanços e muitos recuos, com vários nomes na mesa (como Alberto e Andrés Garcia) que acabaria por não ter um final feliz. Uma contrariedade que em nada retirou a confiança de Rui Borges na aposta firme feita em Fresneda nos últimos jogos.

Tratou-se de um ataque ao mercado de pouca ebulição e turbulência motivado pelo próprio treinador e administração leonina que entendeu ter dentro do próprio plantel soluções suficientes para dar resposta ao ciclo de decisões que se aproxima. E aqui falamos sobretudo na aposta nos jovens com ADN de Alcochete. De resto, nesta fase, a possível ida ao mercado para a contratação de um médio (perante os problemas físicos sentidos por Bragança e Morita) acabou por ser esquecida, muito devido à consolidação de João Simões, de apenas 18 anos, na equipa A. 

A janela de oportunidade poderá, porém, abrir-se para outros. Nomeadamente para Afonso Moreira. O extremo, de 19 anos, lançado na época passada na equipa principal por Ruben Amorim (chegou a somar três partidas oficiais), será aposta reforçada para a segunda metade da época. Após ter sido chamado nos últimos dois jogos (somou os primeiros minutos diante do Farense depois de não ter saído do banco com o Bolonha), o jovem atacante agradou Rui Borges e poderá fixar-se agora no plantel. Ele que tem evoluído nos últimos meses na equipa B. A afirmação em Alvalade, beliscada por lesões complicadas nos últimos meses, poderá ser uma realidade a médio prazo, até porque, sabe A BOLA, uma saída em janeiro foi bloqueada pelos leões. O Sporting foi rejeitando várias propostas nacionais e internacionais (de empréstimos com opção de compra), pois entende que existe um espaço para poder mostrar-se, muito à imagem do que tem acontecido com João Simões

Com contrato até 2028 e uma cláusula de 60 milhões de euros, os leões sempre acreditaram no potencial de Afonso Moreira e, olhando para as poucas opções nas alas, veem no jovem extremo uma boa solução para ajudar e equilibrar o plantel. Apesar da recente chegada de Biel, Afonso Moreira deverá manter-se para ser opção de Rui Borges.