A possibilidade de o Sporting perder, futuramente, a maioria do capital da SAD é o tema em destaque no mais recente manifesto da Torcida Verde.


A claque do Sporting assume-se, uma vez mais, contra essa hipótese e a entrada de investidores externos, "infâmia" que seria um "um atestado de menoridade aos 4 milhões de Sportinguistas e à identidade do Grande Sporting Clube de Portugal", cuja "maior riqueza é ser algo que nenhum dinheiro poderá comprar". "É um tema que exigirá a vigilância de todos os verdadeiros sportinguistas", frisam.

"Que diriam os adeptos do SCP1906 se fosse apresentado um novo investidor da envergadura de Cristiano Ronaldo, ex-atleta formado em Alvalade com o título de 'melhor jogador do mundo', ou de Elon Musk, tido como 'o homem mais rico do mundo', ou ainda de um qualquer fundo soberano do Catar, dos Emirados árabes, tal como por um Grupo Económico detentor de outros clubes?! Estariam dispostos a VENDER o SPORTING CLUBE DE PORTUGAL, tornando-o num clube com um PROPRIETÁRIO, demitindo-se dos seus deveres como ADEPTOS da maior potência desportiva nacional; abdicando de serem o património mais valioso do clube?!", questiona a Torcida Verde, reforçando a sua posição sobre o assunto: "A nossa convicção absoluta é que o SCP com 4 milhões de adeptos não precisa de nenhum futuro proprietário (...) Sporting Clube de Portugal, uns têm preço, nós temos valores!"

Recorde-se que em 2022, decorrente da recompra dos VMOC que estavam na posse do Millenium BCP, o Sporting passou a deter a maioria - 88% - da SAD.

Leia o manifesto da Torcida Verde na íntegra:

"A aquisição de clubes por grupos económicos, fundos de investimento ou bilionários é um tema cada vez mais actual no futebol moderno.

A Premiére League é apresentada como a competição modelo do futebol mundial, onde os clubes têm proprietários, especialmente provenientes dos USA, Extremo Oriente e do Médio Oriente.

Também, outros clubes da Europa continental e um pouco por todo o mundo, foram adquiridos por bilionários e por fundos de investimento.

A entrada em cena dos fundos soberanos de estados do médio Oriente (como estratégia de "Soft Power" de estados do Médio Oriente) é outro fenómeno que tem permitido a aquisição de clubes como PSG em França, o Newcastle ou o Manchester City (que é detido pelo City Group, um grupo económico que detém vários clubes).

Com a entrada desses capitais "ilimitados" no futebol moderno, estão obviamente ameaçados os valores fundadores do desporto-rei, como a competitividade e a própria integridade das competições desportivas.

Os adeptos modernos, cada vez mais obcecados em pertencerem a emblemas vencedores, parecem cada vez mais indiferentes com esta nova realidade. Para esses adeptos, clientes de clubes-marca, o despertador apenas toca quando os proprietários ameaçam sair dessas sociedades anónimas, como aconteceu recentemente com o proprietário do PSG.

Em 2022/23, com o abandono do russo Abramovich no Chelsea, pairou a falência do popular clube londrino, com a queda para as últimas divisões do campeonato britânico, como aconteceu com o Glasgow Rangers.

Históricos clubes do futebol detidos por fundos de investimento, grupos económicos ou proprietários endinheirados, têm-se visto envolvidos em processos de falência, indo parar às últimas divisões dos campeonatos nacionais, reiniciando uma longa caminhada no regresso à ribalta, outros cessam actividade, deixando órfã toda uma comunidade de adeptos.

Em 2018, a Torcida Verde interveio sobre este tema, apresentando uma coreografia em Alvalade, na recepção ao B-SAD que de forma inacreditavel substituiu o histórico CF "Os Belenenses".

Nessa coreografia, nos mapas da Europa e de Portugal, estavam alguns dos clubes que desceram ao inferno das últimas divisões em resultado de processos de falência.

A grande questão que colocamos à nação verde e branca, passa pela questão da alienação da maioria na SAD leonina pelo SCP.

Em 2016/17, um diário desportivo, anunciava na primeira página: "Sporting, Comprador procura-se!".

No inicio de 2021, o antigo presidente leonino José Roquette numa entrevista à RTP1, confessou que o objectivo da venda da SAD sempre estivera presente nos seus objectivos. Desde há muito que essa possibilidade tem sido diligentemente trabalhada.

Recentemente foi anunciada pelos administradores do "grupo Sporting" a inevitabilidade da entrada de um "investidor de referência para criar valor".

As intervenções publicas e publicadas de notáveis comentadores, habituais grilos falantes do "establishment", anunciam a entrada de um "investidor de referência" como o garante para o sucesso, usando a mesma narrativa decalcada dos ideólogos do "Projecto Roquette":

"Em nome da modernização, da competitividade, condição imprescindível para alavancar o sucesso desportivo, bla bla bla bla..."

Foi precisamente essa a narrativa, presente aquando da formação da SAD que assegurava ser o garante e a salvaguarda do património do SCP que levou à alienação desse mesmo património para salvar a SAD da falência, poucos anos volvidos.

A narrativa da actualidade, adopta agora uma narrativa mais cautelosa. Começa por "garantir" a maioria da SAD na posse do SCP.

Caso contrário, as campainhas de "alarme" poderiam desestabilizar os adeptos leoninos, para os quais a perda de maioria da SAD seria incompreensível, após a mediatizada recompra das VMOCS (com o SCP a deter quase 90% da SAD).

Se a essa realidade somarmos os lucros operacionais da Sporting SAD, a perda de maioria da SAD seria uma iniciativa insondável no campo da racionalidade. O tempo, como sempre irá falar.

Ver-se-á qual o montante da aquisição das acções da Sporting,SAD pelo anunciado Investidor de referência, apresentado como uma espécie de "ungido".

O que a experiência afirma de forma categórica é que nenhum "investidor" adquire 25% ou 30% de uma Sociedade Anónima se não almejar abocanhar a maioria do capital da SAD!

Que diriam os adeptos do SCP1906 se fosse apresentado um novo investidor da envergadura de Cristiano Ronaldo, ex-atleta formado em Alvalade com o título de "melhor jogador do mundo", ou de Elon Musk, tido como "o homem mais rico do mundo", ou ainda de um qualquer fundo soberano do Catar, dos Emirados árabes, tal como por um Grupo Económico detentor de outros clubes?!

Estariam dispostos a VENDER o SPORTING CLUBE DE PORTUGAL, tornando-o num clube com um PROPRIETÁRIO, demitindo-se dos seus deveres como ADEPTOS da maior potência desportiva nacional; abdicando de serem o património mais valioso do clube?!

A nossa convicção absoluta é que o SCP com 4 milhões de adeptos não precisa de nenhum futuro proprietário.

Para começar, tal infâmia seria um atestado de menoridade aos 4 milhões de Sportinguistas e à IDENTIDADE do Grande Sporting Clube de Portugal cuja a maior riqueza é ser algo que nenhum dinheiro poderá comprar.

Porque os valores não se transacionam.

Na Torcida Verde iremos continuar a intervir sobre um tema que exigirá a vigilância de todos os VERDADEIROS SPORTINGUISTAS!

Na Torcida Verde cumprimos o nosso dever de intervir, lançar os alertas na defesa da IDENTIDADE do Sporting Clube de Portugal que aprendemos a respeitar!

Sporting Clube de Portugal, uns têm preço, nós temos valores!