A população de linces ibéricos na Espanha e Portugal atingiu um novo recorde em 2024, com 2.401 indivíduos contabilizados, um aumento de 19 por cento em relação ao ano anterior.

Este número “demonstra uma tendência demográfica positiva e contínua ao longo dos últimos 20 anos de monitoramento e ações voltadas para a redução do risco de extinção”, destacou o Ministério da Transição Ecológica e do Desafio Demográfico (Miteco) num comunicado à imprensa nesta quinta-feira.

Os dados constam do último relatório do grupo de trabalho sobre o lince ibérico, coordenado pela Direção-Geral da Biodiversidade, Florestas e Desertificação do Ministério do Ambiente e Recursos Naturais (MITECO) e composto por representantes das comunidades autónomas espanholas e do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) de Portugal, que disponibilizaram os números obtidos no seu trabalho de campo.

A maior parte da população, 2.047 indivíduos (85,3% do total) está na Espanha, enquanto os restantes 354 (14,7%) estão localizados em Portugal.

Já a reprodução em cativeiro permitiu a libertação de 403 linces nascidos em cativeiro desde 2011 até 2024. Em 2025 soltaram-se mais 21 linces nascidos ainda em 2024, elevando para 424 o total de linces nascidos em cativeiro e libertados na Península Ibérica.

Recorde-se que já em 2024 o lince-ibérico deixou de ser considerado uma espécie “Em Perigo” de extinção a nível ibérico pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), passando a ter uma classificação de “Vulnerável” na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas.