De acordo com o diário The New York Times (NYT), que cita dois funcionários que não se quiseram identificar, a suspensão do financiamento envolve principalmente subvenções contratuais aos departamentos da agricultura, defesa, educação, saúde e serviços sociais.

As universidades de Nova Iorque e de Massachusetts encontram-se entre um conjunto de instituições de elite do ensino superior nos Estados Unidos que viram os respetivos financiamentos ameaçados, como Brown, Harvard e Columbia, no contexto de pressões da Casa Branca sobre alegadas manifestações de antissemitismo.

A Universidade de Columbia concordou, no final de março, com uma série de exigências da Administração do Presidente norte-americano, Donald Trump, para manter os seus 400 milhões de dólares (361,9 milhões de euros) de financiamento federal, que tinham sido retirados no início do mês por alegado antissemitismo.

Tal como Columbia, Cornell e Northwestern estão a ser investigadas por alegações de antissemitismo e discriminação racial em resultado de políticas que passam pela tentativa de aumentarem a diversidade nos seus campus universitários.

No último mês, estima-se que a Administração Trump tenha congelado, pelo menos, 3,3 mil milhões de dólares (2,98 mil milhões de euros) em financiamento federal para universidades de elite, de acordo com o diário nova-iorquino.

No dia 01 de abril, a Universidade de Princeton anunciou que a Administração Trump iria suspender várias bolsas de investigação do seu programa e, um dia antes, o poder executivo também revelou que iria rever nove mil milhões de dólares (8,14 mil milhões de euros) em subsídios federais à Universidade de Harvard, enquanto investiga alegadas manifestações de antissemitismo durante os protestos estudantis de apoio à Palestina.

Trump tem tentado reprimir os protestos pró-palestinianos nas universidades contra a agressão militar de Israel, chegando mesmo a avisar que irá deter ou deportar os estudantes que neles participem.

No final de janeiro, Trump assinou uma ordem executiva que promete reprimir o movimento pró-palestiniano, que descreveu como "pró-jihadista", incluindo a identificação de estudantes estrangeiros que participaram nos protestos e posterior deportação e cancelamento dos vistos daqueles considerados "simpatizantes do Hamas".

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