"A Itália continuará a esforçar-se por encontrar uma solução diplomática, também na sua qualidade de presidente do G7 [as sete maiores economias mundiais]. Convoquei uma reunião de líderes para hoje à tarde, à luz do agravamento da situação no Médio Oriente", anunciou Meloni, na abertura de um Conselho de Ministros que decorre em Roma.
A líder do executivo italiano não precisou a que horas terá lugar a reunião, que irá realizar-se por videoconferência, e que deverá juntar os líderes dos países que formam o G7: Itália, Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Japão e Reino Unido.
O Governo do Irão confirmou hoje de madrugada o lançamento de 200 mísseis contra Israel num ataque lançado na noite de terça-feira, em retaliação pelas mortes do líder do movimento islamita palestiniano Hamas, Ismail Haniyeh, do chefe do grupo xiita libanês pró-iraniano Hezbollah, Hasan Nasrallah, e de um general iraniano.
As Forças de Defesa de Israel disseram que a maioria dos mísseis foi intercetada com o apoio dos Estados Unidos, com Washington a garantir que pretende coordenar com Telavive a resposta a Teerão.
Este foi o segundo ataque do Irão contra Israel desde abril.
Na sequência do ataque iraniano, Israel pediu na terça-feira à noite uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, algo que o Irão também tinha solicitado no sábado, após uma vaga de ataques israelitas contra o sul do Líbano.
Na semana passada, o G7, ao nível de chefes da diplomacia, reunidos à margem da Assembleia-Geral da ONU, em Nova Iorque, já havia alertado que a atual espiral de violência no Médio Oriente pode provocar um conflito regional mais vasto com consequências inimagináveis.
Numa declaração divulgada a 24 de setembro pelo ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Antonio Tajani, este grupo de países apelou ao fim do "atual ciclo destrutivo" de violência no Médio Oriente, advertindo na ocasião que "nenhum país beneficiará com uma nova escalada no Médio Oriente".
A declaração de Tajani surgiu após bombardeamentos lançados por Israel contra o Líbano, visando posições do movimento xiita libanês Hezbollah, cujo líder as forças israelitas viriam a matar poucos dias depois num raide aéreo nos arredores de Beirute.
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