Moçambique vai cortar 35% na despesa directa com a Defesa em 2025 que representa um peso equivalente a 4% do Produto Interno Bruto (PIB), que passará para pouco mais de 285 milhões de euros.

Segundo a proposta de lei relativa ao Plano Económico e Social e Orçamento do Estado (PESOE) de 2025, este peso compara com os 437,3 milhões de euros, em 2024, e os 6,1% do PIB, 397,5 milhões de euros, em 2023.

De acordo com a proposta orçamental, este corte na despesa directamente orçamentada para a Defesa acontece numa altura em que persiste a actividade de grupos terroristas em Cabo Delgado, desde 2017, com ataques recentes também na vizinha província de Niassa, embora em menor escala face a anos anteriores.

Com a saída, há praticamente um ano, dos militares dos países da África austral que apoiavam no combate a estes grupos armados, as Forças Armadas e de Defesa de Moçambique (FADM) retomaram progressivamente, desde então, a responsabilidade pela segurança no terreno, permanecendo o apoio de um contingente do Ruanda e militares da Tanzânia.

A proposta orçamental de 2025 prevê igualmente um corte, cerca de 19%, nas despesas com Saúde, que passam dos 671,4 milhões de euros executados em 2024 para 544,5 milhões de euros, na Educação, que recua 11,3%, de 1.133 milhões de euros para 1.005 milhões de euros, mas também na Segurança e Ordem Pública, que cai 11%, dos 740,5 milhões de euros para um limite de 658,4 milhões de euros orçamentados para este ano.

Já as despesas associadas à rubrica de Serviços Públicos Gerais, que por sua vez integram gastos com diferentes sectores, diz a Lusa, vão crescer este ano 33,5%, face a 2024, para 3.363 milhões de euros.